A incoerencia na F1

Já tem algum tempo que FIA vem se dando conta que a crise econômica mundial poderia afetar a principal categoria do automobilismo,em alguns pontos Mosley acertou,pois sempre disse que as montadoras não eram confiáveis,não tinham um real compromisso com o esporte,simplesmente o utilizam quando oportuno,e quando não serve mais,simplesmente abandonam o barco sem a menor cerimonia,e foi o que assistimos desde o final do ano passado.
A única que vem na contramão é a Mercedes,que acabou de adquirir o controle da BrawnGP.

É verdade que um budegt(orçamento da equipes) de meio bilhão de dólares é muito dinheiro,mas grande parte disso é gasto com ostentação e superfluo,a McLaren por exemplo gastou 10 milhões em seu novo Motorhome a pouco tempo,é obvio que uma hora alguém cobraria a conta.
É possivel sim fazer uma F1 com o mesmo fascinio e com muito menos dinheiro,sem inibir o avanço tecnológico que é a essencia desse esporte.

Mas não é proibindo testes na pré temporada,ou durante ela que vai se resolver a situação,essa medida é de uma incoerencia sem tamanho,todas as outras categorias treinam,mas a F1 não!
Para se ter uma idéia a categoria só poderá realizar treinos em fevereiro.Se tudo correr como o combinado,todas apresentam seus novos modelos dia 30 de janeiro no circuito de Valencia,em seguida poderão treinar durante três dias,mas com apenas um carro durante o mês de fevereiro,ou seja treinarão apenas 12 dias até a prova de abertura,pilotos e equipes novatas terão um tempo extremamente curto para obter um minimo de performance.
Não é esse tipo de solução que vai salvar a categoria,pelo contrário,pode ser bem prejudicial,é necessário que dirigentes repensem essa prática e possam buscar uma alternativa bem mais racional para a redução de custos do que simplesmente reduzir treinos ao extremo.