Gilles
Villeneuve, foi um dos meus primeiros idolos na F1. Seu estilo de pilotagem, extremamente agressivo, despertou muito cedo minha atenção para o esporte a motor.
Para aqueles que não tiveram a oportunidade de assisti-lo em ação, ou até mesmo de saber um pouco de sua trajetória, que tal um mergulho em sua história?
Depois do Comendador Enzo, Villeneuve foi uma das figuras mais importantes na
história da equipe Ferrari.
O
canadense foi um piloto fora de série. Era extramente rápido, combativo, tinha
uma habilidade fora da normalidade, para pilotar, e também destruir carros. Foi
um piloto genial, e também maluco, diriam alguns.
Sua
trajetória na F1 foi curta. Correu na categoria entre 1977 e 1982, disputou 67
corridas e venceu apenas seis vezes, jamais foi campeão na F1.
Em 1976 o canadense chamou a atenção numa prova da Formula Atlantic, na qual
participaram pilotos de F1.
Gilles
então campeão dessa categoria barbarizou na pilotagem, venceu a corrida e
deixou para trás pilotos experientes da categoria máxima do automobilismo.
Impressionado
com a desempenho do jovem piloto, James Hunt, o então campeão Mundial, convidou
Villeneuve a pilotar o terceiro carro da McLaren em Silverstone no ano seguinte.
O
jovem Villeneuve colocou sua McLaren em nono na classificação. Na corrida,
devido a problemas mecânicos acabou apenas em 11º. Depois disso não foi mais
convidado a pilotar pelo time inglês, mas as portas da categoria se abriram
para a jovem revelação.
Gilles
Villeneuve acabou sendo convidado a pilotar pela casa de Maranello, Enzo
Ferrari estava fascinado com seu arrojo.
A bordo da Ferrari, a F1 assistiu a lenda surgir. Foram muitas corridas
fantásticas, com momentos da mais pura bravura, e também uma série de acidentes
impressionantes que acabou lhe rendendo o apelido de “piloto voador”.
Ele
fez coisas na pista que deixariam qualquer um de cabelo em pé hoje em dia.
Lewis Hamilton da McLaren, apontado como um dos pilotos mais arrojados na nova
geração seria considerado juvenil
perto desse canadense, pelo seu estilo kamikaze e completa loucura nas pistas.
Villeneuve protagonizou duelos que ficaram marcados na história da categoria,
como a luta com Rene Arnoux no Grande Prêmio da França em 1979.
Ambos
duelaram pelo segundo lugar nas últimas quatro ou cinco voltas da corrida,
chegando a trocar de posição cinco vezes em apenas meia volta.
Todos
no circuito estavam arrepiados, as câmeras da TV quase deixaram de registrar a
vitória de Jean-Pierre
Jabouille, da Renault. Pois todos queriam saber quem seria o segundo colocado
naquele embate histórico. No fim, Villeneuve levou a melhor.
No final da corrida, respondendo aos críticos que classificaram as
manobras de ambos os pilotos de "perigosas", Villeneuve respondeu
apenas: "Foi
divertido."
Esse
era Gilles na essência, um piloto que jamais desistia, até o dia em que a sorte
o abandonou.
Foi
no fatídico treino para o GP da Bélgica, disputado em Zolder em 1982 que
Villeneuve
perdeu a vida.
O canadense bateu
na traseira do carro de Jochen Mass, e sua Ferrari saiu em piruetas se
desmanchando pela pista. Nascia o mito.
5 comentários:
Ele realmente era fantástico.
Li em algum lugar esses dias que, se ele corresse hoje em dia, seria "convidado" a todo instante a dar um passeio nos boxes para cumprir punições.
Aproveito para agradecer a força através daquelas sábias palavras do Dalai Lama.
Abraço!!!!
Marcelonso,
esse foi outro que se foi cedo demais e merecia ter sido campeão mundial! Chegou perto em 79, mas perdeu para seu companheiro de equipe, Scheckter.
Belo post!
abs
Marcelo.
Belo post.
Não cheguei a ver Gilles correr, mas a minha sorte é que existem vídeos a respeito.
Abraços.
Nunca vi Gilles correr ao vivo,mas é gênio. um dos poucos que correram na Ferrari que tem meu respeito.
Textaço!
Este é o unico caso de um piloto que pode ser posto ao lado dos grandes campeões mas que não tem título.
O homem foi sensacional.
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