20 de fevereiro de 2014

Gilles Villeneuve, o mito




Gilles Villeneuve, foi um dos meus primeiros idolos na F1. Seu estilo de pilotagem, extremamente agressivo, despertou muito cedo minha atenção para o esporte a motor. 

Arriscaria dizer que depois do Comendador Enzo, Gilles Villeneuve foi uma das figuras mais importantes na história da equipe Ferrari.

O canadense era um piloto fora de série. Rápido, combativo, dono de uma habilidade fora da comum, para pilotar, e também destruir carros. Foi um piloto genial, e maluco, diriam alguns.

Sua trajetória na F1 foi curta. Correu na categoria entre 1977 e 1982, disputou 67 corridas e venceu apenas seis vezes, jamais foi campeão na F1.

Em 1976 o canadense chamou a atenção numa prova da Formula Atlantic, na qual participaram pilotos de F1. 
Gilles então campeão dessa categoria, barbarizou na pilotagem, venceu a corrida e deixou para trás pilotos experientes da categoria máxima do automobilismo.

Impressionado com a desempenho do jovem piloto, James Hunt, o então campeão Mundial, convidou Villeneuve a pilotar o terceiro carro da McLaren em Silverstone no ano seguinte.

O jovem Villeneuve colocou sua McLaren em nono na classificação. Na corrida, devido a problemas mecânicos acabou apenas em 11º. Essa seria a primeira e única apresentação de Gilles pela tradicional escuderia inglesa.

Enzo Ferrari fascinado com o arrojo do jovem piloto acabou levando Gilles para Maranello. 

A bordo da Ferrari, a F1 assistiu a lenda surgir. Foram muitas corridas fantásticas, com momentos da mais pura bravura, e também uma série de acidentes impressionantes que acabou lhe rendendo o apelido de “piloto voador”.

Villeneuve protagonizou duelos que ficaram marcados na história da categoria, como a luta com Rene Arnoux no Grande Prêmio da França em 1979. Ambos duelaram pelo segundo lugar nas últimas quatro ou cinco voltas da corrida, chegando a trocar de posição cinco vezes em apenas meia volta.

Todos no circuito estavam arrepiados. As câmeras da TV quase deixaram de registrar a vitória de Jean-Pierre Jabouille, da Renault. Pois todos queriam saber quem seria o segundo colocado naquele embate histórico. No fim, Villeneuve levou a melhor.

No final da corrida, respondendo aos críticos que classificaram as manobras de ambos os pilotos como "perigosas", Villeneuve sintetizou numa frase tudo que aconteceu: "Foi divertido". Esse era Gilles na essência, um piloto que jamais desistia...

Até o dia em que a sorte o abandonou no fatídico treino para o GP da Bélgica, disputado em Zolder em 1982 , quando perdeu a vida. O canadense bateu na traseira do carro de Jochen Mass, e sua Ferrari saiu em piruetas se desmanchando pela pista. 

Morria o homem, nascia o mito.

2 comentários:

Anônimo disse...

Estava vendo agora uma entrevista das antigas do Piquet. Ligier, Williams e Brabham eram os monocoques mais seguros na opinião dele. 'Cadeiras elétricas' da época: Renault, Alfa Romeo eeeeee Ferrari. E diz mais ! Das ' três grandes marcas ' ! Com o Reginaldo entrevistando. Piquet podem não gostar dele mas ele falva e fala. O Commendatore, feito um aiatolá, disse que nunca o Piquet poderia pilotar uma Ferrari ! Nunca ! É coisa para gerações, dizem. trocar 'o' por 'um'. Na coleção particular do piloto, nada de Ferrari. Também, vi muito rapidamente.
Mito... mito... não é bem por aí. Showman. Mito é o Lauda, o Piquet, o Senna, o Clark, o Schumacher, o Stewart, o Fittipaldi, o Vettel, o Alonso, o Prost, o Hill pai... o Mclaren... o Brabham, o Chapman... e uma turma das antigas, antigas mesmo: Fangio, Ascari, Moss... Enzo....
Villeneuve é como o Mansell ou o Hunt mas sem título. Se a 'cadeira elétrica' de Maranello não tivesse matado o piloto, teria continuado correndo e fazendo as loucuras dele que, sinceramente, eram seeeeeennnnsaaaaacionais !

Tá mais calmo ? HA !


M.ichael C.orleone
( Má queeeeee !)


Ron Groo disse...

"Ultrapassar meus limites? Como? Se eu nem sei quais são?"
Villeneuve, Gilles.