27 de março de 2015

Volvo Ocean Race - Leg 5

Reprodução: Portal O Sol Diário

Cinco dos seis barcos que disputam a quinta etapa da Volvo Ocean Race podem assumir a qualquer momento a liderança nos mares do Sul. O equilíbrio entre as equipes é traduzido nos números informados pela organização nesta quinta-feira. O líder provisório é o chinês Dongfeng com menos de 20 quilômetros para o quinto colocadoAbu Dhabi. Apenas o Team SCA está longe dessa briga. Parece que a chegada emItajaí será emocionante.

— O ambiente a bordo é excelente, mas será ainda melhor quando cruzarmos o Cabo Horn — disse Yann Riou, repórter a bordo do Dongfeng.

Na véspera, a liderança estava com o MAPFRE, que tem o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca como integrante. 

— A regata está bastante difícil e gelada. Queremos chegar o mais rápido possível para receber o carinho do público. Os espanhóis estão em terceiro no momento.

A previsão é que os barcos cheguem no Brasil durante a Páscoa. O campeonato é liderado por Abu Dhabi e Dongfeng.
IcebergUm bloco gigante de gelo se desloca na direção dos barcos. O iceberg tem mais de um quilômetro de comprimento e 150 metros de largura, além de ter 25 milhões de toneladas. A organização estabeleceu limites para evitar que um colisão ocorresse. A última vez que um barco da Volvo Ocean Race colidiu com um iceberg foi na edição 2001-02. Foi o News Corporation.
Velejadores encontram Nemo
Com direito à manobras radicais e perigosas nos mares do Sul, a flotilha da Volvo Ocean Race achou o Nemo. Não se trata do desenho animado, mas do ponto de terra mais remoto do planeta, que ficou famoso pela obra Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, do ano de 1870. Também conhecido como Polo da Inacessibilidade do Pacífico, o ponto mais distante do planeta só pode ser acessado de barco. O Ponto Nemo é o tipo de lugar, como dizem os velejadores, onde qualquer pequeno problema pode ser grave.

O primeiro a passar por essa marca foi o MAPFRE, que surpreendentemente assumiu a liderança da quinta etapa da Volta ao Mundo, perna entre a Nova Zelândia e o Brasil. O brasileiro André 'Bochecha' Fonseca, que integra o barco espanhol, disse, nesta quarta-feira, que a tripulação sofre bastante com o frio, mas que todos estão acelerando para segurar a ponta.

— Faz muito frio aqui e a gente ainda está no meio do caminho até o Cabo Horn. Ainda falta muita regata, mas estamos felizes por liderar a etapa. Enfrentamos a perna mais difícil, pois pegamos ondas e ventos fortes.

Sobre as manobras arriscadas da véspera, chamadas de jibe chinês, o atleta olímpico contou que a tripulação passou bem pela situação. O barco, que pegava muito vento, ficou bem adernado, com as velas quase coladas na água. Veja as imagens impressionantes.

— Pegamos uma situação fora do controle. É como se um carro capotasse. Conseguimos nos recuperar, consertar as coisas e voltar com força.

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