11 de março de 2017

BARCELONA, DIA #8

Após oito dia de testes, a pré-temporada 2017 chegou ao fim na última sexta-feira, Na combinação dos tempos, a equipe italiana anotou as duas melhores marcas. A Mercedes apareceu logo a seguir e um pouco mais atrás, a Williams. Se as equipes confirmarem em Melbourne, o desempenho demonstrado em Montmeló, são boas as chances de termos enfim, um campeonato decente. Isto posto, vamos a alguns pitacos:

MERCEDES
Ainda que não tenha dominado a pré-temporada, seguramente o carro alemão é muito forte. No último dia de ensaios, ao contrário da Ferrari, a Mercedes procurou acumular milhagem com tanque cheio. Apesar de Hamilton e Lauda afirmarem que o carro italiano está mais rápido nesse momento, os alemães deixaram no ar a sensação de não ter levado o equipamento ao limite. Em outras palavras, a Mercedes está escondendo o leite.

FERRARI
O carro italiano foi a sensação da pré-temporada. A julgar pela performance apresentada nos testes, a Ferrari parece estar no caminho certo - consistente, confiável e veloz. A se confirmar em Melbourne, seria uma excelente notícia para o Mundial. Mas nunca é demais lembrar que ano passado a Ferrari fechou a pré-temporada na frente, mas na hora do vamos ver ficou devendo. Ao que tudo indica esse ano será diferente, tanto que Raikkonen afirmou que o carro ainda está longe do limite. A conferir.

WILLIAMS
A mudança no regulamento parece ter sido favorável a Williams. O novo carro se comportou muito bem durantes os testes. Nas mãos de Felipe Massa o carro inglês marcou a quinta melhor marca entre seus pares. Há quem afirme que novo modelo casou com o estilo de pilotagem de Massa, tanto que Rob Smedley, disse que veremos o brasileiro guiando como em 2008, ano no qual chegou a lutar pelo Mundial. O fato é que o novo carro é bem nascido. Se bem trabalhado, poderá render bons frutos.

RED BULL
Como é praxe, o time de engenheiros capitaneados por Adrian Newey concebeu uma bela máquina. No entanto, o calcanhar de Aquiles é novamente o motor Renault. Para evitar quebras, os taurinos tiveram que treinar na maior parte do tempo com o motor no modo de baixo consumo de energia. Só para ilustrar, a Red Bull completou 634 voltas, contra 1096 da Mercedes. Se essa questão for equacionada, os taurinos certamente voltarão a figurar entre os ponteiros.

Force India, Renault, Toro Rosso e Haas estão no mesmo nível. Cada uma tem pontos fortes e suas fraquezas.

Os indianos tem em mãos um carro veloz, mas precisam faze-lo perder 10kg até a prova de abertura. Os franceses tem problemas no motor e no equilíbrio do carro, mas de um modo geral a nova máquina indica ter potencial. Os italianos de Faenza, como não poderia deixar de ser, também sofrem com a motorização. Além disso, a estabilidade está longe do ideal. Já os norte-americanos apesar de enfrentarem alguns problemas nos últimos dias de testes, fizeram um bom trabalho.

Na McLaren somente um milagre, e dos grandes, poderá salvar o ano do time inglês. Enquanto Mercedes e Ferrari utilizaram um único motor em oito dias, a McLaren trocou seis unidades. E como se não bastasse o problema com a durabilidade, o motor Honda é cerca de 20km/h mais lento que seus pares na reta. Pois é, Fernandinho terá mais um ano duríssimo pela frente...

Por fim a Sauber. O time suiço continua na trilha do carimbador maluco "Plunct, Plact, Zum, não vai a lugar nenhum". No entanto, sonha em aproveitar em Melbourne seu único ponto forte, a confiabilidade.


2 comentários:

Rubs disse...

Marcelonso, se esquecermos a Mercedes, este campeonato será muito interessante.

Marcelonso disse...

Verdade Rubs. Assim esperamos!

abs